Dedicado a um amigo e companheiro de arquibancada, o xará Flávio Medeiros, me confidenciou uma história de Maracanã que traduz bem o espírito tricolor...]
Superstição e emoção dos minutos finais...não tem preço... Ser tricolor é gozar no final...
1995...meu xará olha no relógio e decide que é hora de ir embora. O jogo está 2x2 e o empate dá o título ao rubro-negro. Uma divagação secretamente pessoal o levou a 1983, quando seu pai havia saído do Maracanã com seus dois filhos, pouco antes do gol redentor de Assis, aos 45 cravados do segundo tempo. Bateu a mais cristalina lógica da paixão futebolística. Era preciso abdicar de testemunhar o momento máximo do futebol para que esse momento possa existir. Entrega-se solitário nessa voluntária e individual superstição, fundamentado em lógica alguma e convicto de sua missão cívica. Ele sai do Maracanã, passo firme, não por uma mera descrença na equipe. Ao contrário, imbuído de uma insana convicção de dever em nome da história. Abdica do prazer imensurável de testemunhar o momento mágico do gol que ele acredita possível, em nome dessa certeza de fazer história.
- Procurei traduzir essa emoção em quadrinhos e em breve lançarei aqui. Acima, uma breve mostra do que vem por aí.
- Abraços.
PS> Quando eu publicar isso, eu te passo os royalties, xará...
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