Inspirados nas três cores que traduzem tradição, o Blog Cultura Tricolor procura oferecer ao exigente torcedor tricolor, um entretenimento à altura de seu bom gosto, com tudo que está relacionado à cultura e ao nosso tricolor: falamos de música, teatro, cinema, charges, história, artes visuais. Desse conjunto, selecionamos tudo que está relacionado aos nossos símbolos, às nossas conquistas,aos nossos ídolos e às inúmeras homenagens de ilustres tricolores.
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Quem sou eu
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- Tricolor desde vidas passadas... mas com a lembrança mais remota de torcedor em 1983, no gol do Assis aos 45 do segundo tempo. Um começo e tanto! Interesses diversificados sobre artes em geral (literatura, cinema, teatro, música, quadrinhos, animação, artes plásticas).
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Gol de barriga: 17 anos de um épico Fla-Flu
Link para o Canal 100 (a edição de 1995 após a de 1983)
www.youtube.com/watch?v=mNwyxK-xud0
Há extaos 17 anos, na noite do dia 25 de junho de 1995, a torcida tricolor voltava a comemorar um título de campeão após quase dez anos. Não bastasse o fim do incômodo jejum, amargando derrotas em finais desde 91, as circunstâncias do campeonato deram à conquista um caráter épico. A começar pela qualidade dos rivais. O Vasco tentaria o tetra, o Botafogo tinha um time competitivo, que se sagraria campeão brasileiro no fim do mesmo ano. O Flamengo se preparava para comemorar o centenário do Clube de Regatas, trazendo o tetra-campeão Romário, eleito melhor do mundo no ano anterior. O Baixinho chegou a desfilar pela cidade em carro aberto do corpo de bombeiros, ovacionado pela massa em carreata que parecia festa antecipada de campeão. O Flu era o clube que menos havia investido em contratações, depositando esperanças em Renato Gaúcho, que há muito já não demonstva o futebol que o consagrou. Queria provar que ainda não era a hora de pendurar as chuteiras.
Experimetando um modelo diferente, o campeonato previa um octogonal final, na Flamengo e Botafogo haviam levado algum ponto de bonificação. O Fluminense, nenhum. O Flamengo, venecedor da Taça Guanabara, levava três e, logo na segunda rodada, chegava a nove pontos após duas vitórias.
O Fluminense, com um empate e uma derrota, com apenas um ponto, dava a impressão de que se despediria mais cedo da disputa, dando prosseguimento ao desagradável jejum.
Tricolores de todas as idades já viveram experiência semelhante, ao ver o time sair "do caos para a liderança", como disse certa vez Nelson Rodrigues em crônica sobre outro Fla-Flu, em 1969. Mas vieram emocionantes vitórias, de virada, sobre nossos rivais e uma reviravolta inacreditável no cameponato. Na terceira partida, o tricolor virou pra cima do Vasco, com um sofrido gol no fim do jogo. 3x2. Na primeira do octogonal contra o Flamengo, era vencer ou vencer. Após um movimentado primeiro tempo, o Fla esteve na frente por 3 vezes: 3x2. Mas no segundo...Rodriguinho fez 3x3, logo no início da etapa final e 4x3, nos acréscimos. Após novas vitórias, a última rodada seria um novo Fla-Flu, onde só os dois mantinham chance de título. Mas um empate levaria a taça para a Gávea.
E no dia da grande final, também contra o Flamengo, o sol a pino sentiu que era hora de se retirar ao início da partida. Prenúncio de um Fla-Flu tenso. O Fluminense precisando da vitória, domina o primeiro tempo e abre 2x0 de vantagem. No segundo tempo, entretanto, o Flamengo volta disposto. O Fluiminense suporta a pressão até os 26, quando Romário marca pela primeira vez em sua carreira contra o Flu. Seis minutos depois, Fabinho faz um golaço e empata a partida, resultado que tirava a taça das Laranjeiras, se persistisse. Nosso ex-lateral Branco, defgendendo agora as cores do rival, cobrava uma falta e acertava o travessão. O rubro-negro crescia e nós perdíamos jogadores. Estávamos com nove em campo e o Flamengo com dez, quando aos 41, Aílton se aproxima da área e chuta cruzado. Renato, na pequena área percebe sua chegada e se aproxima do gol. Quando a bola que ia para fora, ele se aproximna, e a escora de barriga para o fundo das redes rubro-negras. Um gol redentor, para coroar o novo rei do Rio e uma campanha épica de um time de guerreiros.Uma final digna de uma crônica de Nelson Rodrigues. Sim, ele escreveu essa crônica, 26 anos antes. A primeira metade de sua crônica, que em breve colocaremos aqui, cabe perfeitamente em 1995. Nosso profeta certamente completou as peculiaridades dessa conquista, pois se vivos e mortos podiam estar presentes no Maracanã, ele tb pôde escrever lá de cima, nossa história de vitórias cardíacas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Campeonato_Carioca_de_Futebol_de_1995
Súmula:
Campeonato Estadual do Rio de Janeiro 1995 - (fase final do Segundo Turno) 25 de junho de 1995.
Local: Maracanã
Juiz: Léo Feldman
Público: 109.204 pagantes.
Cartões Vermelhos: Sorlei, Lima, Lira e Marquinhos.
Flu- Wellerson, Ronald, Lima, Sorlei, Lira, Márcio Costa, Ailton, Djair, Rogerinho (Ézio), Renato Gaúcho, Leonardo(Cadu). Técnico: Joel Santana
Fla- Roger, Marcos Adriano (Rodrigo) , Gelson, Jorge Luís, Branco, Charles, Fabinho, Marquinhos, William (Mazinho), Romário, Sávio. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Gols: Renato Gaúcho (30), Leonartdo (42), Romário (71), Fabinho (77), Aílton (86).
Fonte: ASSAF, Roberto e MARTINS, Clóvis. FlaxFlu, o jogo do século.Rio de Janeiro: letras &Expressões, 1999. p. 178.
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