No filme "Ópera do malandro", entre os minutos 39 e 42, as cenas no Fluminense. Depois, pra quem não viu, é obrigatório. O filme, de Ry/uy Guerra, sobreva peça escrita por Chico, inspirada na Ópera dos 3 vinténs e ambientada no Rio dos anos 40. Aborda a malandragem da Lapa, a influência da cultura americana começando a crescer durante a Segunda Guerra, os estabelecimentos de alemães sendo quebrados por oposicionistas ao regime nazista. E o melhor de tudo: todos os personagens são canalhas. Não tem um que preste.
http://www.youtube.com/watch?v=hEw2ph8TU7I
http://www.vagalume.com.br/chico-buarque/ilmo-sr-ciro-monteiro-cifrada.html
Quem acha que o Chico Buarque nunca fez uma música inteira em homenagem ao Fluminense, seu time de coração, certamente não foi apresentado a esta preciosidade, menos conhecida de seu vasto repertório.
Lançado em março de 1970, o LP Chico Buarque nº 4, trazia na terceira faixa do Lado A, a música "Ilmo sr. Cyro Monteiro ou Receita pra virar casaca de neném". A música, cujo link leva para a o site "vagalume", com letra cifrada e gravação original, seria uma resposta elegante ao "presente de grego" dado pelo grande compositor Cyro Monteiro a uma de suas filhas (mais provável que tenha sido pra a atriz Silvia Buarque, nascida em 1969) : uma camisa rubro-negra. À provocação do amigo, Chico respondeu com essa pérola.
Ilmo sr. Cyro Monteiro ou Receita pra virar casaca de neném
(Chico Buarque)
Amigo Ciro
Muito de admiro
O meu chapéu de tiro
Muito humildemente
Minha petiz
Agradece a camisa
Que lhe deste à guisa
De gentil presente
Mas caro nego
Um pano rubro-negro
É presente de grego
Não de um bom irmão
Nós separados
Nas arquibancadas
Temos sido tão chegados
Na desolação
Amigo velho
Amei o teu conselho
Amei o teu vermelho
Que é de tanto ardor
Mas quis o verde
Que te quero verde
É bom pra quem vai ter
De ser bom sofredor
Pintei de branco o teu preto
Ficando completo
O jogo da cor
Virei-lhe o listrado do peito
E nasceu desse jeito
Uma outra tricolor
Muito de admiro
O meu chapéu de tiro
Muito humildemente
Minha petiz
Agradece a camisa
Que lhe deste à guisa
De gentil presente
Mas caro nego
Um pano rubro-negro
É presente de grego
Não de um bom irmão
Nós separados
Nas arquibancadas
Temos sido tão chegados
Na desolação
Amigo velho
Amei o teu conselho
Amei o teu vermelho
Que é de tanto ardor
Mas quis o verde
Que te quero verde
É bom pra quem vai ter
De ser bom sofredor
Pintei de branco o teu preto
Ficando completo
O jogo da cor
Virei-lhe o listrado do peito
E nasceu desse jeito
Uma outra tricolor
http://www.vagalume.com.br/ciro-monteiro/ilmo-sr-ciro-monteiro-receita-pra-virar-casaca-de-nenem.html#ixzz1xsXayQYq
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