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Tricolor desde vidas passadas... mas com a lembrança mais remota de torcedor em 1983, no gol do Assis aos 45 do segundo tempo. Um começo e tanto! Interesses diversificados sobre artes em geral (literatura, cinema, teatro, música, quadrinhos, animação, artes plásticas).

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Homenagem a Félix.

Felix em ação pelo Fluminense. 

Em vista do triste falecimento do grande goleiro Felix, que marcou uma carreira de conquistas no Fluminense e na seleção brasileira, além de figurar no rol dos 5 grandes goleiros da história do clube (Marcos carneiro de Mendonça, Batatais, Castilho e Paulo Victor completam a lista, que está prestes a aumentar com o atual Diego Cavalieri), o blog Cultura tricolor não poderia deixar de dedicar um post a este grande goleiro que tão honradamente fechou o arco tricolor durante quase uma década. Outro dia foi o colunista rubro-negro Renato Mauricio Prado quem dedicou sua coluna a Felix, lembrando que chegou a encontrá-lo como vendedor da Eletrolux, após encerrar sua brilhante carreira no futebol, de conquistar seis títulos de campeão carioca pelo Fluminense, além de três taças Guanabara e um Campeonato Brasileiro, em 1970.  Pela seleção brasileira, um título mundial, uma Copa Roca e uma Rio Branco. (vide lista de títulos abaixo).
O Wikipedia nos informa que Felix Miéli Venerando teria nascido em São Paulo, na véspera do natal de 1937. Começou cedo a carreira, se tornou profissional aos 15 anos de idade, defendendo o gol do Juventus da Moca, onde permaneceu até 1955. Estreou na Portuguesa no ano seguinte defendendo a Lusa numa edição  internacional do torneio Rio-São Paulo contra o New Old Boys da Argentina.  



Felix no campo do Fluminense. 


Vendido ao Fluminense por 150 mil cruzeiros em 1968, se consagraria no nosso tricolor das Laranjeiras e seria defendo as nossas cores que garantira a vaga no gol titular da seleção brasileira que traria definitivamente a Taça Jules Rimet para o Brasil. Na coluna do já citado RMP, editor de esportes do Globo, nota-se uma denúncia de uma tremenda injustiça de um jornal, o qual ele não cita o nome, que teria estampado a seguinte manchete após a conquista no México: "Tri-campeões apesar de Felix". Será que fora algum órgão da imprensa paulistana, historicamente especialista em  desacreditar os jogadores convocados de times cariocas (Vide 1994) ?  A injustiça pode ser comprovada se percebermos a atuação decisiva de Felix em jogos decisivos contra Uruguai e Inglaterra, onde fechara o gol brasileiro. Mas felizmente, Felix é muito maior que isso. Seu nome está na história, sua foto integrando fortes equipes nos posteres de campeão do Fluminense e da seleção. 
No sábado seguinte a seu falecimento, por coincidência, em jogo realizado dois dias após o centésimo aniversário do saudoso Nelson Rodrigues, o time do Fluminense prestou uma primeira linda homenagem, com o time inteiro entrando em campo com camisa de goleiro, e o nome de Félix nas costas. A segunda homenagem, viria com dois gols de Thiago Neves, na belíssima vitória por 2x1 sobre o Vasco, em dupla homenagem: Nelson Rodrigues e Félix. 



Fred entra em campo com a camisa de goleiro e o nome de Felix nas costas
(fotos de Globo.com). 
Títulos:
Fluminense
Seleção Brasileira


O time que, com a vitória consagrou a melhor marca em um turno do Brasileirão da fase de pontos corridos. Um dia especial, de luto, mas de homenagens a Felix e ao centenário do nosso maior cronista, completos na última quinta-feira, dois dias antes da partida.  

Abaixo, charge de Henfil com Felix à frente do repórter. 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

100 anos de Nelson Rodrigues


Em homenagem ao centenário de Nelson, algumas fotos e ilustrações já usadas em outros posts do blog, e um link especial da homenagem feita pelo Jornal O Globo de hj, periódico em que Nelson trabalhou durante muitos anos!
Saudações tricolores, Nelson!

http://oglobo.globo.com/infograficos/nelson-rodrigues/






terça-feira, 21 de agosto de 2012

"Aquele sutil abraço "


1969. No final do ano anterior, o decreto do AI-5 aumentava a tensão entre oposição e a ditadura militar que se instaurara no país cinco anos antes. Gilberto Gil e Caetano foram-digamos- convidados a se retirar do país. Em Londres, a música "Aquele abraço" enaltece elementos essenciais da cultura carioca, a começar pelo Cristo Redentor, de constantes "braços abertos" sobre a Guanabara.; mas discretamente manifestava a tristeza daqueles que não podem retornar por tempo indeterminado à sua terra natal, por discordância política. Um lamento pela perda da liberdade, que os afastava dos amigos e familiares, além dos pequenos prazeres da cidade, da praia, do calor tropical,  do carnaval, do futebol. Falando em futebol, quem conhece a letra da música "Aquele abraço", gravada no lado B de Gilberto Gil 1969 (disco lançado pela Philips, neste ano, também conhecido por Cérebro Eletrônico, primeira faixa do Lado A)  sabe muito bem que ele homenageia um único clube da cidade, o de maior torcida, que aliás, não é o time do compositor: "Alô, torcida do Flamengo, aquele abraço!" Homenageia o futebol do Rio através da imensa torida rubro-negra, apesar do próprio ser assumidamente tricolor. Será? 




 Gilberto Gil durante seu período de exílio
.
Só que 1969 foi justamente o ano em que o Fluminense se sagrara campeão numa final épica contra o Flamengo, com o gol de Flavio definindo o resultado final depois dos 30 do segundo tempo. Jogo este que mereceu uma das melhores crônicas de Nelson Rodrigues, bem como tiras debochadas de Henfil, recentemente mostradas no blog, junto com imagens do canal 100, ficha técnica e outras imagens.
Pois bem, se rubro-negros alegarem se tratar de mera suposição, temos na manga outro argumento precioso a nosso favor...o Flamengo surge na letra de Gil rimando com qual nome? Realengo. Realengo foi o local onde Gil esteve preso na época em que fora forçado a deixar o país, junto com Caetano.     
Se a rima imediatamente anterior demonstra ironia e procura cutcar o regime sem que a censura pudesse perceber, parece sugestivo que ele quisesse dar uma provocada sutil na torcida rival... uma sutileza digna da elegância tricolor. Neste mesmo blog, basta procurar por Chico Buarque, que veremos outro exemplo de fidalguia, ao agradecer o "gentil presente de grego" dado por Cyro Monteiro por ocasião do nascimento de uma de suas filhas.
Voltando ao Gil, se a intenção foi provocar nossos fregueses de decisões ou não, pouco importa. Importa que na próxima grande final, poderemos cantar após virar um jogo que lhes dêm chance de empate, com um aos 49 do segundo tempo, você pode lembrar de cantar assim: "Alô, torcida do Flamengo, aquele abraaaaçooooo". 

Saudações tricolores!
Abaixo, vocês podem conferir a letra de Aquele Abraço e a lista de músicas do disco no site oficial de Gil.    
http://www.vagalume.com.br/gilberto-gil/aquele-abraco.html

http://www.gilbertogil.com.br/sec_disco_interno.php?id=4

Humilde aristocracia de guerreiros.


No último post do blog, o propósito era demonstrar uma perspectiva sobre a torcida do Fluminense, partindo de um humorista assumidamente rubro-negro, que marcou sua carreira pela firme posição política ligada aos valores socialistas, e pelo permanente patrulhamento contra o regime golpista que havia freado o processo de democratização do país . Em suas tiras sobre futebol para o Jornal dos Sports, o Fluminense se transformou no pretexto para cutucar (com arame farpado) a parcela civil elitista, cujo apoio foi fundamental para que se formasse a conspiração militar contra o governo de jango. Vale lembrar que o humor trabalha com ideias caricaturais e generalizantes. Se o Fluminense representava a aristocracia, estava ali, ao lado do botafoguense, o alvo a se almejar. 

Mas no mesmo jornal em que Henfil tinha seu espaço para lembrar o torcedor que ele vivia numa ditadura , um certo Nelson Rodrigues poderia transformar o embate cultural entre cronista e cartunista, um duelo de Titãs, digno dos melhores Fla-Flus de todos os tempos. Basta lembrar que estamos tratando de dois nomes que marcaram cada um a seu modo, transformações profundas na cultura brasileira. E apesar de terem frequentado juntos a redação do JS num período de cerca de meia década, optei por selecionar aqui uma crônica de Nelson bem anterior ao período de Henfil, porque ela traz uma ideia diametralmente oposta a do cartunista, em seu melhor estilo, comparando as emoções do futebol a movimentos revolucionários históricos. Nelson carregava o texto com esplêndidas metáforas caricaturais que acentuavam expressivamente o caráter emocional do velho esporte bretão.  Reparem na crônica de 13 de dezembro de 1959:


"Amigos reparem: _ Há algo de patético na torcida do Fluminense. Nós, com a nossa crassa e ignara simplicidade, temos a mania de falar em "aristocrático clube das Laranjeiras". E eu vos digo: "aristocrático" em termos. Será aristocrático porque, no seu quadro social, falta tudo menos grã-finos. Mas há algo mais no Fluminense (...) do que a aristocracia que lhe atribuem. Mais exato seria dizer que ele é o clube de todas as classes."


***

" Costumamos desprezar o cartola. mas vamos e venhamos: _ com o seu charuto afrontoso e ultrajante, a conspurcar de cinza os tapetes, ele tem seu charme. Sim, no Fluminense, há cartolas em penca. Vocês querem o príncipe? É o que não falta no Fluminense. Esse grã-finismo autêntico é gostoso de se ver. Há também a família de classe média, a mocinha linda, o pai, a mãe, com os seus escrúpulos severos. 
Nada, porém, é tão impressionante como o pé-rapado do Tricolor. Amigos, o Fluminense, com toda a sua aristocracia, tem, na sua torcida, uma plebe que eu chamaria de épica. É uma multidão que o acompanha, com ululante felicidade. Jogue o Fluminense com o escrete húngaro ou com o Casca-Grossa F. C.  e lá estarão esses heróis de pé descalço."

***
" Com a nossa bandeira erguida aos ventos da vitória, lá se vão os pés descalços atrás do time. Eu acredito que esses mesmos homens , em encarnações passadas fizeram a Revolução Francesa e derrubaram bastilhas. Amigos, eis a verdade: _os campeonatos e as revoluções vivem de paixão. Sem sentimento, não se derruba uma bastilha, nem se levanta um campeonato. "


Montagem sobre foto 
*** 

" Eu nunca me esqueço de um episódio a que assisti, há muito tempo. O Fluminense acabava de apanhar um banho não sei de quem. Fora uma derrota ignominiosa, que nenhum torcedor esquece. Na saída do campo, em meio a pesado silêncio tricolor, rompeu um berro solitário e altivo: "Fluminense!" Não podia haver nada de mais inesperado do que um grito trinufal no momento da tristeza e da humilhação. Foi bonito, foi sublime! O autor dessa manifestação isolada era um pobre diabo."    


***


"Um campeonato constitui uma soma de fatores. Um deles, e dos mais importantes, é a torcida. Um time precisa sentir, atrás de si, o berro da torcida. A ausência dessa torcida representa a solidão. nada mais triste do que um time sem ninguém. (...) Mas eu vos digo:_tem razão o Benício Ferreira Filho: _a grande torcida é a do Fluminense. Nada se compara a sua flama e à sua fidelidade. Outras podem ser mais numerosas. Uma torcida, porém, não se vale a pena pela sua expressão numérica. Ela vive e influi no destino das batalhas pela força do sentimento. E a torcida tricolor leva um imperecível estandarte de paixão. "  

Nelson Rodrigues, trechos retirados da crônica "A incomparável torcida tricolor" publicada no JS, dia 03 de dezembro de 1959. (in: Nelson Rodrigues, Filho (org.) O profeta tricolor: Cem anos de Fluminense: crônicas. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. 

A faixa "Lutem até o fim" se tornou emblemática na mesma época em que a apaixonada torcida tricolor eternizou o "time de Guerreiros", que lhe atendeu o pedido. 

***
Como a gente pode ver, a crônica de Nelson parece tão imperecível quanto a paixão tricolor. Ela pode ser comprovada por episódios lapidares em que a nossa torcida tricolor mostrou a sua força. Um dos mais recentes é justamente o período em que estávamos à beira do caos, com os matemáticos estimando em 97, 98, 99,9 % as possibilidades que o tricolor tinha de cair novamente ao calvário da segundona. Pois enquanto as probabilidades de queda não chegassem a 100, essa nossa torcida encheu o Maracanã verdes de esperança, com o sangue vermelho fervendo, numa clara harmonia, branca como a luz do refletor em torno daquele time, exalando a confiança necessária para o time operar o milagre que operou. Aqueles mesmos - por que não? - que Nelson Rodrigues acreditava terem em outras vidas empenhado tochas e invadido o Palácio de Versailles no 14 Juillet de 1789. Esses mesmos, sim senhor,  ousaram desafiar a lógica da estatística e os "idiotas da objetividade" sucumbiram em sua matemática, numa bestificação irrevogável diante do milagre inexplicável. 

 E se não bastasse a ferrenha batalha  hercúlea dos guerreiros na manutenção do time, após viradas mirabolantes, como nos 3x2 contra o Cruzeiro, após terminar o primeiro tempo perdendo por 2x0, o time ainda ousa ser campeão brasileiro no ano seguinte.
Um detalhe curioso... terminado o campeonato, o Jardel Sebba, velho amigo  rubro-negro, de ter sofrido ao meu lado em muitos Fla-Flus no Maracanã (quando me viu sofrer em apenas um), amigo e colega dos tempos de Santo Inácio e hoje grande jornalista da revista Playboy, me passou por e-mail o deboche do rival por termos comemorado um "não rebaixamento": "Se tivessem mais algumas 38 rodadas, quem sabe o Fluminense não seria campeão?" Respondi qualquer coisa simples, na tradicional humildade franciscana, dando-lhe os parabéns pelo título. Pois bem... 38 rodadas depois, invertem-se os papéis. O Fluminense, de fato, conquistava o mais emocionante campeonato brasileiro da era de pontos corridos e o Flamengo escapava do rebaixamento. A diferença é que a nossa escapada se tornou uma luta contra as estatísticas, contra todas as forças. Era preciso o milagre e o milagre veio com muito mais força do que imaginávamos. De um ano ao outro, escapamos do rebaixamento e levantamos um titulo depois de um incômodo intervalo, e depois de muitos "quases".
 Mandei um e-mail ao meu velho amigo, parabenizando-o por seu poder profético.     
Muito devemos ao time, como devemos ao Cuca, técnico do time na arrancada de 2009, mas devemos também muito à nossa torcida, que com o clássico "Guerreiros, guerreiros, time de guerreiros" mostrou que acreditava naquele time, quando todos acreditavam na sua queda, embalou nossas vitórias e contagiou o país com sua paixão incondicional!  

FLUMINENSEEEEEEEEEEEEEEEEE!


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O Fluminense no traço de Henfil


Tira de Henfil, de 17 de junho de 1969, sobre a conquista do campeonato carioca
daquele ano pelo Fluminense. 


Fla-Flu de 691969. Num Fla-Flu épico que já rendeu mais de um post no blog e que  inspirou Nelson Rodrigues na crônica Chega de Humildade, o Fluminense se sagrou campeão ao vencer o velho rival por 3x2, com gol de Flávio no final. Lembrados? Então vamos à visão do rubro-negro Henfil para o acontecimento. 

Luta de classes no futebol Como é sabido, a paixão de Henfil pelo Flamengo era notória e estava ligada às suas convicções políticas na ideologia de assistência ao povo e na rejeição aos hábitos da elite. Henfil transpunha à esfera do futebol, a luta de classes, e os discursos ligados à defesa de direitos das massas em oposição às regalias da burguesia.  

Ditadura Militar e a elite no futebol carioca

Dito isso, percebemos na construção do personagem tricolor de Henfil, um personagem afetado, cujos discursos carregavam um caricato preconceito de classe e raça, abusando de expressões em inglês ou francês. Na charge acima, chega a colocar o pó-de-arroz torturando o bacalhau (torcedor vascaíno)  para que ele contasse onde o rubro-negro urubu  havia se escondido na tentativa de fugir de pagar a sua aposta (em geral, botar ou chocar um ovo imenso).  Prestando um pouco mais de atenção na charge, percebemos uma relação usual: 1969, tortura, esconderijo, interrogatório... isso lembra alguma coisa?  Justamente é essa carga pesada que Henfil procurava retratar...neste caso aqui quem tortura é um representante da elite... acredito que seja bem possível que Henfil estivesse sugerindo a participação direta de parte da elite empresarial que financiava a ditadura. Notem bem que não estou acusando Henfil de sugerir que a torcida do Fluminense estivesse ligada aos órgãos da ditadura, mas que ele trabalhava com representações e no universo das charges esportivas, era o Pó-de-arroz e o Cri-Cri (torcedor do Botafogo) que representavam a elite dominante no universo de suas tirinhas.        

Tempos de perspectiva parcial   
Nelson Rodrigues já dizia em uma de suas crônicas que só acreditaria na imparcialidade do sujeito que declarasse que a própria mãe é vigarista. Se ele mesmo nunca fez questão de esconder, mas ao contrário, de declarar seu amor pelo Fluminense, no mesmo jornal, Henfil também pôde manter sua postura pró- Flamengo. Em sua tira, o rubro-negro raramente se dava mal. Quando se dava mal, havia sempre um culpado maior para pagar as suas apostas: o juiz, o técnico, um jogador.
Sobre o Fla-Flu, dignamente vencido por nós, temos nesta charge uma evidência do legítimo chororô rubro-negro... e do bom humor de Henfil, que encontrou em Armando marques o bode expiatório para o revés rubro-negro.     
Tira de Henfil, de 20 de junho de 1969, sobre a conquista do campeonato carioca
daquele ano pelo Fluminense. 


Em todos os cerca de cinco anos que Henfil era a voz humorística do Jornal dos Sports, foram poucas as vezes em que o Fluminense foi mencionado de uma forma que não fosse pejorativa. Uma delas, a de baixo, é de 1973, quando o veterano tri-campeão Gerson foi pôr seu talento em favor de seu time de coração: o nosso Fluzão. Muito se dizia de sua capacidade de fazer longos e precisos lançamentos, que compensavam a disposição física debilitada pelo fumo (Gerson caiu na boca do povo ao fazer propaganda de cigarro, dizendo que gostava de levar vantagem em tudo, criando o ditado popular- lei de Gerson) .      

Tira de Henfil sobre o Gerson, de 08 de abril de 1973. 

Outra ótima de Henfil, que, por um lado, não chega a ser pejorativa contra o Fluminense, por outro, procurava justificar (ou reclamar) de certas derrotas do seu time nos Fla-Flus... "ai, Jesus!".
                                    Tira de Henfil sobre Fla-Flus, de01 de maio de 1973.